segunda-feira, 7 de maio de 2012

FORTALEZA E CEARÁ FICAM NO EMPATE


Fortaleza e Ceará empatam sem gols no primeiro jogo da decisão do Estadual e deixam título em aberto

A alta temperatura nos bastidores do Clássico-Rei não se transferiu para campo quando a bola rolou. Na primeira partida da decisão do Estadual, Fortaleza e Ceará fizeram um jogo morno e sem gols, aquém da importância do embate, frustrando as duas torcidas presentes ontem à tarde no Presidente Vargas (PV).

Talvez o resultado tenha frustrado menos a torcida do Ceará, que com um novo empate no próximo domingo comemorará o bicampeonato do Vovô. Aos tricolores, apenas a vitória desviará a rota da taça para o Pici.

Os primeiros minutos de partida deram a errônea impressão que o clássico seria eletrizante. "Ajudados" pelo árbitro Héber Roberto Lopes, que deixou o jogo correr, os dois times alternaram ataques velozes e perigosos.

Mas as chances de gol mesmo foram tricolores. Primeiro, aos 2 minutos, Mariélson deixou Régis e Thiego para trás e chutou forte para fora. Depois, aos quatro, com Jaílson, que matou no peito um passe perfeito de Esley e chutou forte para defesa de Fernando Henrique.

Mas com os times fechados na defesa, congestionando o meio-campo e se respeitando demasiadamente, sobrou marcação, divididas e, sem espaços para a criação de jogadas, o futebol sumiu. Ninguém queria dar um mínimo espaço ao adversário, sob pena de perder terreno na decisão.

Assim, outra chance de gol - a última do primeiro tempo - só surgiu aos 17 minutos, em cabeçada de Felipe Azevedo, que o goleiro João Carlos espalmou.

A partir daí, o que se viu foram tentativas frustradas de chutes de fora da área, com os tricolores Esley e Mariélson, e o alvinegro Apodi, mas que ficaram longe de levantar as torcidas.

Foi pior

A ânsia por um segundo tempo melhor, com os dois times se soltando mais, não se confirmou, para decepção de alvinegros e tricolores, que mereciam ver um futebol de mais qualidade.

Ainda que os dois times tenham procurado sair para mais o jogo na primeira metade da etapa final - principalmente o Fortaleza -, as defesas bem postadas anularam os ataques e os goleiros não trabalharam.

Não dessa vez

O jogo só foi ganhar em emoção nos minutos finais, quando o técnico alvinegro PC Gusmão - por meio do auxiliar Anderson Silva, já que foi expulso no primeiro tempo - colocou Reina, Romário e Misael em campo, dando novo fôlego ao ataque do Vovô - justamente o que faltava ao Fortaleza naquele momento do jogo.

O Leão, aliás, estava mais cauteloso, com as substituições do técnico Nedo Xavier, que chegou a tirar o meia Geraldo para pôr o volante Lucas.

O Vovô teve três chances de sair de campo vencedor: aos 38 minutos, Misael foi mais rápido que a defesa tricolor, ficou à frente do goleiro João Carlos, mas acertou a trave em chute colocado; Romário aos 40, ganhou pela direita e chutou cruzado para fora, e, quatro minutos depois, na última chance, cabeceou rente à trave, após tiro de meta batido por Fernando Henrique.

Assim, ao contrário dos dois clássicos anteriores no ano, em que cada um ganhou com gol nos minutos finais, ele não saiu dessa vez e o placar foi conivente com o pouco futebol apresentado pelos dois finalistas.

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